Tão importante quanto escolher o equipamento correto é saber operá-lo e realizar as manutenções adequadas
Imprescindíveis no dia a dia dos técnicos de campo, as máquinas de fusão foram os equipamentos mais popularizados para redes ópticas nos últimos anos. Isso gerou uma vastidão de ofertas no mercado, sendo que nem todas têm origem confiável. Pesquisar a procedência aliás, é a primeira dica para quem busca qualidade. Além de considerar os equipamentos de boa procedência e qualidade comprovada, é preciso pontuar que os cuidados dos técnicos de campo com o equipamento farão a diferença entre as fusões ópticas bem ou malsucedidas.
Para auxiliá-lo nesta missão, a Redex lista abaixo os 6 principais aspectos para que você obtenha o melhor desempenho das máquinas de fusão:
1. A falta de limpeza é responsável pela maioria dos problemas
Aproveitando os dados coletados pelo seu laboratório de pós-venda, a Redex avaliou o histórico dos pedidos de manutenção em máquinas de fusão, chegando à constatação de que apenas 40% dos equipamentos enviados para a manutenção apresentavam algum problema técnico de fato. O restante, era mau uso ou falta de limpeza. Em números, a Redex mediu que 45% da manutenção aplicada pelo seu laboratório era, na verdade, limpeza de equipamentos. Por isso, ao fim de cada trabalho, o técnico de campo deve fazer um processo básico de limpeza, incluindo três componentes: espelhos, holders e vgrooves.
2. Com que frequência devo calibrar a máquina de fusão?
Apesar da máquina de fusão não ser um equipamento passível de calibração, alguns procedimentos podem ajudar a manter o desempenho satisfatório da máquina. Se ele for operado de forma apropriada, você provavelmente não terá problemas. É claro que vai necessitar trocar as peças de consumo, como eletrodos ou bateria. Algumas máquinas de fusão têm a função de reset do programa, da mesma forma que o telefone celular, ou seja, você pode redefinir a máquina para a versão original de fábrica. Mas para o hardware não há uma função de reset e os cuidados de conservação do equipamento é o que definirá a sua vida útil. Infelizmente, pela experiência adquirida no mercado brasileiro, a falta de treinamento da mão de obra faz com que esse cuidado não seja comum, exigindo quase sempre a manutenção do equipamento.
3. Com que frequência devo substituir os eletrodos?
Os eletrodos podem produzir de 2,5 mil a 5 mil arcos elétricos. Mas, em muitos casos, mesmo após ter excedido o número máximo do indicado pelo fabricante, o arco elétrico aparenta estar normal. Um exemplo: se o manual indica 5 mil arcos e você verifica que a emenda é satisfatória depois de 5,1 mil arcos (atenção: valide isso com uso do OTDR), é provável que os eletrodos durem mais. Podemos utilizar como analogia a troca de amortecedores de um veículo. Há uma quilometragem recomendada pelo fabricante para sua troca, mas dependendo da utilização do veículo, esta troca pode se estender. A calibração de arco periódica também pode ajudar a prolongar a vida útil dos eletrodos.
4. Qual é a programação de manutenção adequada?
Na maioria das vezes você só precisa manter a máquina limpa. Lembre-se que a máquina de fusão combina as tecnologias óptica, mecânica e elétrica. As partes ópticas são muito frágeis e mais facilmente danificáveis. Elas podem ainda ser contaminadas, uma vez que a poeira ou objetos grudam na lente óptica e isso acaba prejudicando o desempenho. Então a primeira coisa que você deve verificar é se as lentes ópticas estão limpas. Mas deve-se ter o cuidado de não limpar a lente óptica com frequência uma vez que a limpeza excessiva pode causar danos permanentes. Conclusão: quando você visualizar objetos ou muita poeira na lente, entre em contato com o suporte ao cliente da Redex e técnicos habilitados auxiliarão você nesta tarefa.
5. E se a houver o desalinhamento da fibra óptica?
É normal que a máquina de fusão não alinhe a fibra óptica algumas vezes. Quando isso acontece os técnicos costumam acessar o menu de serviço para fazer o alinhamento de forma manual. Agora se o problema se repetir, é necessário buscar a causa. Verifique primeiro se o mau funcionamento é causado por poeira no vgroove, pois pode ser que o limite de tolerância de movimento deste componente tenha sido excedido. Se isso acontecer a fibra não será alinhada automaticamente e a falha vai ocorrer mesmo após o alinhamento manual. Portanto, limpe primeiro o vgroove e depois faça o alinhamento manual. Em alguns casos, o alinhamento manual não é necessário.
6. Quero mudar a minha máquina de fusão atual e estou em dúvida
A realidade brasileira é a de um parque de máquinas de fusão de quatro motores que atendem perfeitamente as demandas de construção de rede óptica. Na verdade, o grande desafio do mercado atual é saber como operar e manter esses equipamentos de forma adequada. Uma recente discussão é a escolha de máquinas entre seis ou quatro motores. Os equipamentos de 6 motores são direcionados para aplicações específicas incluindo os serviços em backbone, onde existe a necessidade de fusão com fibras de fabricantes distintos ou a intervenção em redes já antigas (legado). Também podem ser aplicadas onde existe a fusão de diferentes tipos de fibras (SM x MM, SM x DS, etc.) e onde há a exigência de emendas atenuadas e ainda a necessidade de identificação da fibra.
Ao optar por uma máquina de seis motores, é preciso ainda avaliar a procedência do equipamento e as suas reais funcionalidades. A Redex por meio do seu laboratório dedicado ao Departamento de Suporte ao Cliente (DSC), avaliou alguns modelos disponíveis no mercado e constatou que apesar de serem vendidos como contendo seis motores, parte deles veem com dois desses motores inoperantes, ou seja, na prática você estará comprando uma máquina com quatro motores.